Eu vou fazer um post um pouco diferente hoje. Saí da rotina de entretenimento para falar sério (tá, não tão sério). Estava lendo algumas notícias, me atualizando para escrever no blog, e acabei me inspirando pra fazer esse post reflexivo. Preparados? Lá vai!
Aviso: Se você sofre de bieberlismo, selenismo, demisismo, gagamismo e outros, não leia esse post!!!
(Brincadeirinha. A intenção não é falar mal de gosto musical das pessoas.)
Brincadeiras a parte, quem nunca sonhou em ter sua banda e sair pelo mundo a cantar e/ou tocar? Conhecer os quatro cantos, todas as culturas, dar autógrafos, mansão, ter acesso a festas sem pagar... Pois é, por um motivo ou outro, muitos já pensaram nisso (Sim, eu sei que você já pensou secretamente :P #Mãe(
Talvez esse seja o problema com os nossos atuais artistas. Ninguém mais pensa em fazer música para descrever o que sente. A música se tornou mais um instrumento de status e comercialização. Prova disso é o fato de muitos artistas não serem os responsáveis por compor suas próprias músicas.
Ok, você deve estar pensando: "Essa comercialização já existe há tempos" e eu concordo 100%, mas o que acontecia antes dos anos 90 era que as músicas se comercializavam através do conteúdo, enquanto que hoje é através de um rostinho bonito e um corpo escultural. Agora, para ter sucesso, você não precisaria investir muito em educação musical, mas todo o investimento terá que ser voltado para o seu style. Cabelo divo, roupas caras, corpo sarado e rosto perfeito, essa é a atual receita.
Quer uma prova?
Case Justin Bieber
(Desculpa, mas quem tiver argumentos que comprovem que o piá canta, por favor, me manda. Se houver uma prova convincente, eu juro que me calo, porque até hoje só ouvi a versão estúdio e auto-tune dele. Ao vivo, o moleque tem coragem de cantar playback. Inaceitável) O que vende mais em relação as suas músicas: as letras ricas em conteúdo (oh baby, baby, oooooh) ou o rostinho bonitinho e o comportamento bad boy?
Vamos aos fatos:
Esse é o talento (?) do garoto: Fazer caras e bocas, usar auto-tune e se vestir como um malandro.
O fato é que, quando ele explodiu a mídia, ele se tornou a sensação do momento. Com uma voz aguda de menino que estava entrando na puberdade, foi o motivo de chacota por alguns. Como tenho uma alma sensível, juro que fiquei com pena dele na época, apesar de achar as músicas chatérrimas.
Daí, ele cresceu e a fama na cabeça também (leia essa reportagem no Terra, eu fiquei a-pa-vo-ra-daaaa). Quase duas horas de atraso para começar as apresentações, festas, bebedeiras, e polêmicas. Essas questões resumem a vida do astro (?) pop. Porém, se ainda tivesse uma qualidade musical que superasse seus defeitos, mas não. Por exemplo, na minha opinião, ele jamais será Michael Jackson:
Ok, Michael foi um ídolo pop. O rei do pop. Eu sei que será difícil um artista superar a sua arte, até porque foi em outra época. Mas ainda assim Michael ficou conhecido como o Rei do Pop por causa de seu talento superar o número das polêmicas publicadas na mídia.
Não me entendam mal, não condeno quem curte o Bieber, muito menos condeno ele. Ele está aproveitando os 15 minutos de fama nesse ramo musical atualmente instável, mas me deixa indignada ver o quão POBRE a música está se tornando.
Eu sou da década de 90, início do declínio musical, mas amo o que os anos 50, 60, 70 e 80 proporcionaram à música nacional e internacional e anseio pelo dia em que a música voltará a ser uma inspiração. Quando você vai colocar uma música a tocar, sentar do lado e dizer "essa letra foi feita pra mim", pelo simples fat de que você realmente vai estar se identificando com ela. Mas, esse é um sonho bobo, porque o mundo é capitalista e até a arte se vendeu para o dinheiro.
Enfim, essa é uma reflexão pessoal. Não tem intenção em ferir ninguém ou julgar, mas só queria entender o porque que as coisas chegaram onde estão... Fiquem a vontade para concordarem ou não. Esse é um país livre (só não é livre de impostos :P).
Beijinhos
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