terça-feira, 12 de novembro de 2013

Reflexão: A outra face da fama

Eu vou fazer um post um pouco diferente hoje. Saí da rotina de entretenimento para falar sério (tá, não tão sério). Estava lendo algumas notícias, me atualizando para escrever no blog, e acabei me inspirando pra fazer esse post reflexivo. Preparados? Lá vai!

Aviso: Se você sofre de bieberlismo, selenismo, demisismo, gagamismo e outros, não leia esse post!!!

(Brincadeirinha. A intenção não é falar mal de gosto musical das pessoas.)

Brincadeiras a parte, quem nunca sonhou em ter sua banda e sair pelo mundo a cantar e/ou tocar? Conhecer os quatro cantos, todas as culturas, dar autógrafos, mansão, ter acesso a festas sem pagar... Pois é, por um motivo ou outro, muitos já pensaram nisso (Sim, eu sei que você já pensou secretamente :P #Mãe(Diná)Josi)

Talvez esse seja o problema com os nossos atuais artistas. Ninguém mais pensa em fazer música para descrever o que sente. A música se tornou mais um instrumento de status e comercialização. Prova disso é o fato de muitos artistas não serem os responsáveis por compor suas próprias músicas. 

Ok, você deve estar pensando: "Essa comercialização já existe há tempos" e eu concordo 100%, mas o que acontecia antes dos anos 90 era que as músicas se comercializavam através do conteúdo, enquanto que hoje é através de um rostinho bonito e um corpo escultural. Agora, para ter sucesso, você não precisaria investir muito em educação musical, mas todo o investimento terá que ser voltado para o seu style. Cabelo divo, roupas caras, corpo sarado e rosto perfeito, essa é a atual receita.

Quer uma prova? 


Case Justin Bieber 
(Desculpa, mas quem tiver argumentos que comprovem que o piá canta, por favor, me manda. Se houver uma prova convincente,  eu juro que me calo, porque até hoje só ouvi a versão estúdio e auto-tune dele. Ao vivo, o moleque tem coragem de cantar playback. Inaceitável) 

O que vende mais em relação as suas músicas: as letras ricas em conteúdo (oh baby, baby, oooooh) ou o rostinho bonitinho e o comportamento bad boy? 

Vamos aos fatos:

Esse é o talento (?) do garoto: Fazer caras e bocas, usar auto-tune e se vestir como um malandro. 



O fato é que, quando ele explodiu a mídia, ele se tornou a sensação do momento. Com uma voz aguda de menino que estava entrando na puberdade, foi o motivo de chacota por alguns. Como tenho uma alma sensível, juro que fiquei com pena dele na época, apesar de achar as músicas chatérrimas. 

Daí, ele cresceu e a fama na cabeça também (leia essa reportagem no Terra, eu fiquei a-pa-vo-ra-daaaa). Quase duas horas de atraso para começar as apresentações, festas, bebedeiras, e polêmicas. Essas questões resumem a vida do astro (?) pop. Porém, se ainda tivesse uma qualidade musical que superasse seus defeitos, mas não. Por exemplo, na minha opinião, ele jamais será Michael Jackson:


Ok, Michael foi um ídolo pop. O rei do pop. Eu sei que será difícil um artista superar a sua arte, até porque foi em outra época. Mas ainda assim Michael ficou conhecido como o Rei do Pop por causa de seu talento superar o número das polêmicas publicadas na mídia. 

Não me entendam mal, não condeno quem curte o Bieber, muito menos condeno ele. Ele está aproveitando os 15 minutos de fama nesse ramo musical atualmente instável, mas me deixa indignada ver o quão POBRE a música está se tornando.

Eu sou da década de 90, início do declínio musical, mas amo o que os anos 50, 60, 70 e 80 proporcionaram à música nacional e internacional e anseio pelo dia em que a música voltará a ser uma inspiração. Quando você vai colocar uma música a tocar, sentar do lado e dizer "essa letra foi feita pra mim", pelo simples fat de que você realmente vai estar se identificando com ela. Mas, esse é um sonho bobo, porque o mundo é capitalista e até a arte se vendeu para o dinheiro.

Enfim, essa é uma reflexão pessoal. Não tem intenção em ferir ninguém ou julgar, mas só queria entender o porque que as coisas chegaram onde estão... Fiquem a vontade para concordarem ou não. Esse é um país livre (só não é livre de impostos :P).

Beijinhos

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